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segunda-feira, 11 de abril de 2011

A História do Guarujá


Logo que o Brasil foi descoberto, ficou praticamente abandonado, pois o interesse maior de Portugal eram as Índias, e também descobrir o maior número de colônias possíveis para ganhar a "CORRIDA MARÍTIMA" com a Espanha, porque as duas eram grandes potências da época. Abandonado, o Brasil ficou sem nenhuma proteção dando margem para os corsários ingleses e franceses que segundo alguns, já conheciam o território brasileiro por causa do pau-brasil.

Quando o rei de Portugal certificou-se deste fato, mandou expedições para guardar a costa brasileira, mas como não obteve êxito, enviou uma expedição colonizadora e é nesse momento, que começa a história de Guarujá, ou melhor, Ilha de Santo Amaro, no século XVI, por volta de 1.502. Nesse ano, uma armada, comandada por André Gonçalves e Américo Vespúcio, ancorou, a 22 de janeiro daquele ano, na costa ocidental da Ilha de Guaibê (mais tarde denominada Santo Amaro), nas proximidades da Praia de Santa Cruz de Navegantes. Na ilha fronteiriça fundaram o Porto de São Vicente (Porto das Naus).

A Ilha de Santo Amaro (primitivamente denominada Guaíbe ou Guaibê) foi doada a Pero Lopes de Souza em 1.534 pelo rei de Portugal, D.João III, para que fosse colonizada e cuidada. Como oferecia poucas condições de fixação ao homem, em virtude de seu relevo montanhoso e de difícil acesso, ficou abandonada, habitada apenas por indígenas e alguns colonos.

O nome da Ilha - SANTO AMARO - teve origem no nome da capitania que também abrangia toda a extensão da ilha e terras vizinhas, limitadas pela Capitania de São Vicente. Alguns afirmam que a ilha só passou a ser chamada efetivamente "Ilha de Santo Amaro" a partir da construção da Capela de Santo Amaro, localizada pouco atrás da Fortaleza da Barra Grande, construção essa realizada por José Adorno em 1.540.

Até meados do século XVIII, a Ilha de Santo Amaro era habitada, pois, os selvagens eram aliados dos piratas franceses, o que tornou difícil a colonização por parte dos colonos portugueses, sendo que, somente a partir da metade do século XIX, deu-se o seu desenvolvimento.

Em 1.892, a Companhia Prado Chaves instalou a Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, com o objetivo de fundar a Vila Balneária de Guarujá. Para isso foram encomendados dos Estados Unidos 0l hotel, 0l igreja, 0l cassino e 46 residências, desmontáveis e construídos em pinho da Geórgia. Uma estrada de ferro passou a ligar o Estuário de Santos à nova Vila. Duas barcas possibilitavam o transporte de passageiros da estação da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (em Santos) ao atracadouro do Balneário, em Itapema.

A Vila foi inaugurada em 2 de setembro de 1.893, pelo Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão, tendo comparecido a esse evento inúmeras autoridades e personalidades da sociedade paulista, entre elas o Governador do Estado, Bernardino de Campos. Até o ano de 1.926, a Companhia Prado Chaves teve domínio sobre a cidade, passando depois à Prefeitura Sanitária, sendo nomeado o Sr. Juventino Malheiros seu primeiro prefeito.

Em 1.931, Guarujá foi integrado ao Município de Santos, situação que perdurou até 1.934. Pelo Decreto 1.525, de 30 de junho de 1.934, o Governador Armando Salles de Oliveira criou a Estância Balneária de Guarujá, nomeando o Dr. Cyro de Mello Pupo, seu prefeito. Até 1.947, Guarujá foi administrado por prefeitos nomeados quando, pela Lei Orgânica dos Municípios, promulgada em 18 de setembro de 1.947, passou a Município, ocorrendo, então, a primeira eleição para o período de 1.948 a 1.951, sendo eleito o Sr. Abílio dos Santos Branco para o cargo de prefeito.

Em 1.953, a antiga Vila Itapema passou a Distrito, recebendo o nome de "Vicente de Carvalho", em homenagem ao poeta santista. Conhecida internacionalmente por suas belezas naturais, pelas praias e paisagens sofisticadas, Guarujá atrai milhares de turistas e, dia a dia, confirma seu codinome, "A Pérola do Atlântico".